Como a Osteopatia pode ajudar na Amamentação
- Luísa Rodrigues
- 24 de abr. de 2023
- 3 min de leitura
A chegada de um bebê é sempre motivo de muita preparação no universo dos novos papais, toda a gestação costuma ser sempre muito organizada, não é mesmo? Desde o evento para descobrir o sexo do bebê até tratamentos para garantir saúde e bem estar, são grandes expectativas para o dia do nascimento.
O que não se fala muito nessa fase é sobre a AMAMENTAÇÃO. Como se isso fosse algo apenas instintivo e simples, daí começam grande parte das dificuldades das mamães quando finalmente conhecem seu bebê. Dores, baixo ganho de peso e choro se tornam os grandes monstros do dia a dia e é aí que muitas vezes a amamentação no peito materno vai perdendo sua vez para fórmulas e mamadeiras. Precisamos entender que não é instintivo amamentar, não é algo simples que basta ter uma mamãe e um bebê que acontece. E a realidade é que muitas vezes precisamos de um time inteiro de profissionais de saúde para ajudar nessa tarefa tão importante para o bebê e sua família.
Neste artigo, vamos abordar especificamente o papel da osteopatia na amamentação, mas é importante destacar que essa jornada requer o suporte de uma equipe multidisciplinar.

O bebê está nos braços da família há pouquíssimo tempo, mas já ficou um bom período dentro do útero, imagine 39, 40 ou 41 semanas dentro de um outro ser humano, sentindo todas as movimentações e emoções de sua mãe. Isso pode gerar tensões que atrapalham seu posicionamento no colo e no peito para mamar depois do nascimento. Além disso, o bebê, que há pouco tempo não precisava se alimentar, já que seus nutrientes chegavam via cordão umbilical, agora precisa respirar, sugar e deglutir.
É importante perceber que nem sempre o bebê consegue mamar sozinho, mesmo que entenda a importância disso. Por isso, organizar a postura do bebê pode contribuir grandemente para a função do açúcar. É aí que a osteopatia entra em cena, aliviando as tensões e dificuldades de movimento que prejudicam essa harmonia.
Percebe como não é apenas instintivo? Muitas vezes o bebê precisa de ajuda!
Por exemplo, se o bebê ficou encaixado na pelve de sua mãe por um período muito longo, pode apresentar alterações importantes na musculatura cervical e base de crânio, imagina você tomar um copo de água sem movimentar a cabeça para trás, difícil, né? Outro exemplo é o caso de um bebezinho que ficou na posição pélvica no útero de sua mãe e tem tensões no quadril impossibilitando de relaxar no colo para poder ser posicionado no peito. A osteopatia vai ajudar diretamente aliviando as tensões e dificuldades de movimento que prejudicam essa harmonia.
A partir desse momento teremos uma criança que se concentra com mais facilidade na tarefa de sugar e deglutir, podendo também precisar contar com o papel da fonoaudiologia, já que suas tensões o levaram a adaptar todos os seus movimentos da boca. Sem contar com o trabalho da consultora de amamentação que contribuirá para o manejo desse bebê, ensinar a mãe a posicionar a criança no colo e lidar com as mamas é fundamental nesse processo.
E às vezes até do odontopediatra, se for o caso de uma anquiloglossia, mais conhecida para freio lingual curto. Nesses casos torna-se necessário que o bebê e sua família sejam acompanhados por uma equipe um pouco maior de especialistas. A cirurgia de retirada do freio sublingual não é tão simples como muitos pensam, sendo indicado acompanhamento pré e pós cirúrgico por fonoaudiologia e osteopatia.
Se você está enfrentando dificuldades na amamentação, saiba que não está sozinho. É importante contar com a ajuda de uma equipe de profissionais de saúde para garantir que você e seu bebê recebam o cuidado necessário nessa jornada. Com a ajuda da osteopatia e de outros especialistas, você pode superar essas dificuldades e desfrutar de uma amamentação tranquila e saudável para o seu bebê.
Conte com Hand, estamos preparados para cuidar do seu pequeno e da sua família. Por Luísa Rodrigues Fisioterapeuta e Osteopata
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